Por que fazemos mal aos nossos semelhantes? Por que não conseguimos amar nossos irmãos? Por que temos sempre de ficar “por cima” dos outros? Nesta terra de expiações de faltas passadas, estamos sempre aumentando nossos débitos, por que isso?
Todos os males do homem concentram-se na sua atitude interna, no egoísmo, no orgulho e na manutenção da posse de bens transitórios. O egoísmo é o pai, o orgulho a mãe e a posse o filho desnaturado da imperfeição que ainda reina nos corações terrestres. Enquanto esses três “demônios” não forem “exorcizados” da alma, não haverá elevação espiritual, o homem só perseguirá quimeras de valores para lá de duvidosos. A libertação desta “trindade profana” é necessária para passarmos da condição de espíritos inferiores que somos para espíritos em regeneração.
Saber olhar os outros e os bens da Terra com o devido mérito é questão de sabedoria e evolução. O Cristo de Deus nos disse para amealharmos tesouros no Céu, onde a traça não rói, nem o ladrão rouba, nem a ferrugem corrói. Para isso, temos de acabar com a “trindade”. Destruir o egoísmo com a caridade desinteressada, o orgulho com o perdão irrestrito e dividirmos nossos bens com todos, a fim de não haver mais o “eu” e, sim, o “nós”. A cada encarnação, somos chamados a tal trabalho, a tal colheita, a tal pescaria. Os frutos não serão outros senão a nossa própria elevação em sabedoria, moral e, principalmente, amor a toda a criação. Deus nos criou com amor e para o amor, conhecemo-lo, sabemos o que é, mas não o vivenciamos em sua plenitude, devido a tais imperfeições que ainda se prendem à nossa alma. A libertação deles nos elevará no amor divino. Quebrar os grilhões do egoísmo, serrar o madeiro do orgulho e desfazer-se de posses transitórias supérfluas é imperativo para chegarmos ao fim de toda a criação: a perfeição.
Emereciana
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