segunda-feira, 8 de agosto de 2011

POLIGAMIA

Não nos atenhamos à letra das palavras evangélicas, tentando tirar delas matérias não pertencentes à vida espiritual. Todas as revelações dadas aos homens em todas as épocas são feitas de acordo com a evolução moral e espiritual, falando-lhes de modo no qual podiam entender. Só que ao avançarmos evolutivamente, devemos tirar toda a incongruência histórica-moral atrasada.
Para que atermos a morais que hoje nos soam ridículas? Para que ficarmos decorando preceitos humanos que os costumes morais atualmente consideram ultrapassados? Devemos sim tirar das revelações aquilo que nos eleva, não aquilo que nos segrega por preconceitos históricos. Não importa que antigamente, por exemplo, podia-se casar com quatro mulheres. A poligamia era tolerada, pois devido ao estado constante de beligerância, a população masculina era reduzida e, para evitar que a família ficasse órfã do lado paterno, deixavam-se os homens que não iam à guerra tivessem mais de uma mulher, para que, com isso, a população não decaísse. Mas, e hoje? A poligamia é considerada atraso nas relações de igualdade entre os sexos materiais – materiais pois o espírito não tem sexo – e, portanto, foi destinada à lixeira das imoralidades, apesar de haver povos que ainda o consumam, exatamente por se aterem à letra ultrapassada e preconceituosa de outrora.
Não nos prendamos àquilo que nos é motivo de involução, façamos que a humanidade evolua em moral ao tirar todas as regras esdrúxulas do passado.
Daniel

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